O espanhol Alvar Nuñez Cabeza de Vaca, foi o primeiro europeu a chegar às Cataratas do Iguaçu, em janeiro de 1542. Nomeado Adelantado (governador) espanhol no Rio da Prata, Cabeza de Vaca, aportou na Ilha de Santa Catarina em 1541 (então território espanhol). Daí percorreu o interior do que seria depois o Estado do Paraná, pelo caminho indígena do Peaberu, até alcançar a cidade de Assuncion, onde assumiria o cargo de governador. Ao descer o Rio Iguaçu, no caminho para Assuncion, chega ao local das cataratas que os índios chamavam de Iuazú (Àgua Grande). Não há comprovação histórica, mas, ao avistar os saltos, Alvar teria dito: "Santa Maria, que beleza!". E, teria batizado as cataratas de Salto Santa Maria. Este é o relato feito pela expedição de Cabeza de Vaca:
"...Tendo deixado os índios do rio Piquiri muito contentes,o governador seguiu o seu caminho (...) por onde passavam, os índios cantavam e dançavam e sentiam maior prazer quando as velhas se alegravam, pois são muito obedientes a estas, o mesmo não se dando com relação aos velhos. (...) o governador comprou algumas canoas dos índios e embarcou com oitenta homens rio Iguaçu abaixo (...) mas (...) era tão forte a correnteza que as canoas corriam com muita fúria. Logo adiante do ponto onde haviam embarcado o rio dá uns saltos por uns penhascos enormes e a água golpeia a terra com tanta força que de muito longe se ouve o ruído. (...)"
A região sul da América do Sul, foi muito disputada por portugueses e espanhóis durante o período colonial. Território espanhol segundo o Tratado de Tordesilhas (1494), a região é porta de entrada para o interior do continente através dos inúmeros rios, particularmente o Rio Paraná e o Rio Paraguai, por onde se poderia chegar à região das minas de prata e ouro do Perú e da Bolívia. Através do Tratado de Madri, em 1750, os limites territoriais das colônias ibéricas são redefinidos. Os atuais estados do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul ficam sob a posse de Portugal, decisão essa referendada no Tratado de Badajós em 1801. Mas, os limites definitivos somente foram fixados no século XIX, quando Argentina, Paraguai e Brasil já estavam independentes dos colonizadores. Por se tratar de uma região de difícil acesso, as cataratas ficaram longe dos olhares do "branco civilizado" por um considerável período.
A fundação de Foz do Iguaçú no final do século XIX, transformado em município em 1914, possibilita a "redescoberta" das cataratas, aos poucos. Em abril de 1916, o inventor e aeronauta Santos Dumont após conhecer os saltos, é o primeiro a sugerir a criação de um parque nacional para a proteção da área. No mesmo ano, em 28 de julho o presidente (governador) do Estado do Paraná, Affonso Alves de Camargo, transformou em terras públicas a região que abriga as cataratas. Em 1934, foi criado o Parque Nacional do Iguassu, no lado da Argentina, e em 1936 o Parque Nacional do Iguaçú no lado brasileiro.
Segundo o Wikipédia, o aparecimento das cataratas para os índígenas tupi-guaranis, é explicado através da seguinte lenda:
"Há muitos anos atrás, o Rio Iguaçú, corria livre, sem corredeiras e nem cataratas. Em suas margens habitavam índios caingangues, que acreditavam que o grande pajé M'Boy era o deus-serpente, filho de Tupão. Ignobi, cacique da tribo, tinha uma filha chamada de Naipí, que iria ser consagrada ao culto do deus M’Boy, divindade com a forma de grande serpente.
Tarobá, jovem guerreiro da tribo se enamora de Naipi e no dia da consagração da jovem, fogem para o rio que os chama: - "Tarobá, Naipí, vem comigo!" Ambos desceram o rio numa canoa. M’Boy, furioso com os fugitivos, na forma de uma grande serpente, penetrou na terra e retorceu-se, provocou desmoronamentos que foram caindo sobre o rio, formando os abismos das cataratas. Envolvidos pelas águas, caíram de grande altura. Tarobá transformou-se numa palmeira à beira do abismo, e Naipí, em uma pedra junto da grande cachoeira, constantemente açoitada pela força das águas. Vigiados por M’Boy, o deus-serpente, permanecem ali, Tarobá condenado a contemplar eternamente sua amada sem poder tocá-la".
Tarobá, jovem guerreiro da tribo se enamora de Naipi e no dia da consagração da jovem, fogem para o rio que os chama: - "Tarobá, Naipí, vem comigo!" Ambos desceram o rio numa canoa. M’Boy, furioso com os fugitivos, na forma de uma grande serpente, penetrou na terra e retorceu-se, provocou desmoronamentos que foram caindo sobre o rio, formando os abismos das cataratas. Envolvidos pelas águas, caíram de grande altura. Tarobá transformou-se numa palmeira à beira do abismo, e Naipí, em uma pedra junto da grande cachoeira, constantemente açoitada pela força das águas. Vigiados por M’Boy, o deus-serpente, permanecem ali, Tarobá condenado a contemplar eternamente sua amada sem poder tocá-la".
As cataratas são formadas por 275 saltos, ao longo de 2,7 km de extensão no Iguaçú, que no local, faz a divisa entre Brasil e Argentina. Em algumas partes os saltos tem altura de oitenta a setenta metros.
Vale a pena conhecer.
http://www.diaadiaeducação.pr.gov.br/
http://www.h2foz.com.br/
http://www.wikpedia.com/
http://www.google.com/
SHIMIDT, Maria. Nova História Crítica. 1.ed. São Paulo: Nova Geração, 2005.
CARDOSO, J. A.; WESTPHALEN, C. M. Atlas Histórico do Paraná. Curitiba: Editora Livraria do Chaim, 1986.
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